segunda-feira, novembro 12, 2012

Sopro.


Eu, neste caso, sou tão fraca que não consigo soltar o que me atinge 
e então permaneço quieta, esperando a inércia resolver. 
É que me pega tão forte que não existe gana nem mesmo de resolver. 
Dói tanto que não existe otimismo para mudar, apenas força para aguentar. 
É suicida.

Eu tento escrever, já que as palavras sempre foram o meu deus que me trazia clareza e respostas, entretanto não posso e não me disponho a este assunto. Eu encontrei o meu ponto fraco no mesmo momento que o senti. 
E doeu.

Certas coisas são tão imensas e pesadas que não é possível qualquer tipo de explicação ao próximo. São pedaços de vida, lugares do corpo, cenas revistas que a alma sonha esquecer... 
Os seres humanos tem alguns segredos que guardam só mesmo pra si.

Alguns sabem disso.
Outros ainda viverão.

quarta-feira, outubro 31, 2012

Minhas poéticas refletidas.

"Eu me encontro na mesma que se encontra o pintor diante da tela.
No sentimento do músico de frente à seu instrumento.
Na mesma posição do dançarino escutando a música.
Me encontro parada. Sem pintar, sem tocar, sem dançar.
Mas não por isso,
sem observar e aproveitar tudo que me é posto a frente.
Submersa num líquido que me engole inteira
e tantas vezes mais do que o que sempre me foi visto como visceral.
Produzir não é tão simples para quem ama.
Não há tinta, não há melodia nem tampouco movimento
que se iguale a perfeição do que é o amor."

quarta-feira, outubro 17, 2012

Ser - "viva"

Eu vivo num mundo onde minha forma de amar não deve ser pública.
Num mundo que me colocou câmeras para monitoramento ao vivo.
E mesmo assim eu vivo.

Não me venha com pequenices.

terça-feira, outubro 16, 2012

Em relação a tudo.

Na busca de novas imagens, novos ventos, novos horários
Enfrentei equilibrios, raciocínios lógicos e tanto mais.
Hoje, eu vejo, me encontro distante do que imaginei
Mas sei que mais perto de tudo o que quis para mim.




segunda-feira, outubro 01, 2012

La Luna.

A Lua, essa noite, fazendo papel de Sol que ilumina essa espaço todo é o que me para e me faz querer ficar. Nenhum movimento. Só fixar meus olhos, que é tudo que tenho de melhor para admirá-la, sem desfocar. Ficar parada, dentro da Lua. No clarão que vem com o frio, mas que quase esquenta...

gra
       da
          ti
     va
mente.

É como se Ela me entendesse com seu brilho trazendo respostas ou não, sorrisos ou quaisquer outros tipos de intenções. Como se eu gritasse com os olhos e Ela entendesse de lá. Como se eu chorasse com os olhos e Ela sentisse de lá. Um desabafo de olhos e brilhos de olofote.
Olhos de cá, Olofotes de lá.
Brilhos que brincam de cá e de lá.

segunda-feira, setembro 24, 2012

.de todos os tempos.

Assim como existem casos que não tem data para um fim 
porque apenas são, mesmo que tudo aconteça,
existem casos que não tem esforços para um começo
e quando começa já é o que supre todo o necessário.
Parecia que era assim mesmo. Total relação entre amor e dor.
Eis que vem o mundo e se volta contra o esperado e a seu favor.
Mostra todo esse pedaço de vida que nunca nem foi crível.
As coisas apenas acontecem de acordo com a direção do vento.
E essa palavra amor, que só me surpreende 
com seus significados vividos em mim.

sexta-feira, agosto 10, 2012

-.-

E desde então ficou decidido que não precisava mais buscar explicações.
Se Faz Sentir, Faz Sentido. 
- e ponto final -

segunda-feira, julho 30, 2012

tu.

Eu fui embora. Mas nem avisei nem nada. - E fui. -
Estive num mar de certezas e impulsos e não quis deixar ir embora. 
Logo estes dois momentos tão raros... certezas, impulsos...
E quando, a noite, cantei a música, 
a sua música que fiz mas guardei 
pra quem sabe, quebrar o encanto,
lá estava ela. 
Aquela mesma Coruja que sempre aparece.
Pra me avisar de saudades, pra me trazer proteção.
Eu fui embora, pra nem tão longe, 
...mas te levei comigo.

eu.

É só que não sai nada.
Não to tentando fazer ficar bonito 
nem interessante, ou místico, mágico.
Queria que fosse pra fora. Apenas.
Mas as vezes, por mais que tudo... não sai.

quinta-feira, julho 19, 2012

|====Ô====|

muito sono.
muita fome.
 in con t ro lá  v eis !!!
É que em época de festa, meu carnaval chega com nome de férias
e então,  meu corpo rebelde resolve não suportar.

domingo, julho 15, 2012

dialogando

"Teve uma época que eu parei de fumar.
Fiquei quase o namoro inteiro sem fumar.
Por causa daquela cretina!
E depois, ela veio me dizer que não sentiu nada, não sentiu nada? Mas como assim nao sentiu nada? Antes me dissesse que faltou um pênis, ou sei lá, qualquer outra coisa, agora dizer que não sentiu nada, por favor...
'- Ahh, foi a vodka'
Foi a Vodka?
E ainda me aparece com um filho. Depois de tanto eu dizer que queria determinado nome para o meu filho, ela me aparece com uma criança chamada Miguel. Miguel? Cretina! Será que não tinha outro nome pra dar? Você passa tempos tentando agradar pra terminar desse jeito? Mas enfim, eu sinceramente não gosto nem de lembrar dessa história."

Uma história dita por um Abacaxi e 
escrita por um Maracujá com um toque de Acerola.

just.

Eu sou rodeada por livros. Em todas as partes do meu quarto existem livros meio abertos e meio lidos. Livros meio bons, meio velhos e meio clássicos. Há também uma considerável desorganização em volta destes livros. Encontro sem dificuldade vários insensos, plásticos que reutilizo e os deixo por aí enquanto não há necessidade, maçãs, um despertador que é tão pequeno que parece falso, canetas, canetas, papeis e papeis e roupas em lugares especiais, escolhidos para depósito das 'roupas frequentemente usadas'.
Eu sou um emaranhado de mim, composta por coisas que tenho ao meu redor e que me constroem de acordo com o que é deixado por aqui. Por hora me entendo e desembaraço todo esse nó assumindo-o como meu. Por outras vezes nem entro, observo de longe e espero se ajeitar nem que entre alguem e arrume tudo pra mim. Sem pretenções.Tudo que cabe no meu quarto ja coube em mim ou ainda insiste em estar.

sexta-feira, julho 13, 2012

...

Brasília,  você é pequena demais para nós.

quinta-feira, junho 28, 2012

por hora...

Tem hora que dá vontade de largar toda essa caretice de futuro promissor. Ta em falta no mercado o reconhecimento, e não que eu exija excessos de gratificação, mas as vezes da preguiça de responder quem pouco sabe e mesmo assim fala da sua vida. Daí eu deito na minha cama, olho pro lado e penso: que fuzuê que isso se transformou! Mas sequer tenho vontade de me movimentar, nem  meus dedos. Nada, nada. Até porque minhas pernas estão com dores idosas musculares e etc por culpa dessa semana corrida que eu acabei de passar. E posso garantir que só me deitei agora por preguiça de pensar na minha próxima semana que será muito pior. Só de pensar em terminar algum trabalho pendente eu ja penso em tantos outros que eu poderia ir adiantando desde já e tudo isso é um ciclo sem fim. Responsabilidade é assim: você começa a ter e depois,  qualquer piso seu em falso é o bastante pra se diminuir um tanto quanto. Eu gosto do que faço, eu gosto do que sou e sonho com o que pretendo me tornar, mas porra.... tem hora que essa caretice toda, vai a favor dos meus ideais e contra meu amor próprio.

sábado, junho 23, 2012

f- al.tad.efo.c.o

Já faltava bem pouquinho pra gente dormir. Bem quando os olhos procuram a coberta e também se certificam do horário marcado no despertador. Eu já nem pensava em mais nada até que, só por olhar, passei minha vista por ela... E lá estava, sorrindo pra ninguém ver, de canto de boca, pensando em alguma coisa que, quisera eu saber o nome. Parecia que naquele momento ela não estava ali, com um misto de sentimentos que, por hora, doía imaginar, mas que quando ela reagia de alguma forma pra essa coisa que tanto brilhava em seus olhos, tantas idas e voltas e trocas, acertos e consertos e olhares sem foco algum, parecia que naquele momento ela conseguia juntar todas as peças aos poucos e sorria... deixava escapar essa espécie de reação por si própria. Era a plateia da sua própria vida. Enxergava a vida toda passando ali, justamente na falta de foco que seu olhar tinha conquistado e eu, que por algum acaso, notei tudo isso. Passaram uns instantes, ela suspirou com os olhos fechados e essa coisa parecia difícil também. Tantas coisas deixadas pra trás e que agora ela percebia ali, na sua falta de foco. Eu até pensei em perguntar se estava tudo bem, mas estava tudo bem. As coisas nem sempre são tão simples e nenhuma resposta poderia ter complexidade o bastante para aquele olhar dela. Eu me virei e não falei nada. Acredito que falar seria invadir demais, levando em consideração que ela tinha  percebido que alguém a observava voar por aí, vulcões à dentro. O colchão, pra você ter ideia, dava pequenas tremidinhas a medida que ela tentava controlar suas lágrimas teimosas. Eu fiquei calada. Quase não respirava. Ela estava ali, bem do meu lado e eu sabia que podia abraçar, mas não era hora. Ela estava num abraço que não era meu, mas que fazia todo sentido.

domingo, junho 10, 2012

só por refletir...

Quanto mais você aprende a ser forte,
maiores são os obstáculos.
Quanto mais você abre seus olhos,
mais coisas vai ver.
Não é uma questão de passar de nível e concluir a fase.
É uma questão de subir um degrau
e ver o resto de uma escadaria pela frente.

quarta-feira, junho 06, 2012

Por decreto.

Várias vezes, a noite, eu escuto pessoas gritando. Talvez eu esteja escutando o que antes não percebia, quando era você quem gritava.
Naquelas noites que te devorei, com garfo e faca, não tinha  intenção de marcar seu corpo. Apenas de matar minha fome. Nos dias que escolhi cortar alguns pedaços seus sem avisar, não tinha a intenção de te prejudicar, apenas queria ter algumas partes e pedaços pra mim. Quando bebi seu sangue em taça de cristal, não queria o vinho, mas o sabor. E quando, enquanto dormia, eu roubei seus olhos, não foi para usá-los, mas sim para tê-los.
Ontem, quando saía de casa, te vi. Estava aberta, rasgada, porém diferente de todos estes meses, não sangrava mais e continuava a viver. Ainda que sem todos os pedaços que retirei, chamava a atenção dos outros e conseguia amor, carinho. Ontem, quando saia de casa, te vi e me surpreendi ao ponto de te desejar. Outra vez. Bastava um sinal meu, um aviso... um olhar. Mas não. Não posso chamar meu banquete toda vez que faz fome e então, decidi conter.
Hoje, quando acordei, pude sentir pela primeira vez o amor passando pelos meus poros e circulando com meu sangue, enconstando nas veias e saindo pela ponta dos fios do meu cabelo.  Quando me levantei, me deparei de cara com seus retalhos. Seus olhos me chamaram atenção ali, caídos... Os seus retalhos estão velhos e podres, mas o seus olhos ainda me veem.
Amanhã, quando você sair de casa, a cicatriz vai ser menor do que hoje. Em pouco tempo, ninguém mais vai ver tuas marcas e cortes. Os teus olhos, eu olhei ontem a noite inteira, era amor e hoje eu sei.
Amanhã mesmo, entrego tudo. E dói entregar porque sei que não vai recusar, mas quem sou eu pra falar de dor. Amanhã, na caixa de correios, os teus olhos, o garfo e faca.

Letras Cafonas.

Tem dias que acordo furacão.
Faço tudo furacão. Penso, faço, escuto e respiro.
Penso em nada, faço torto, escuto baixo e respiro... ofegante...
Parece falta de solução e é logo aí que eu te conto que é solução demais pra coisa pouca!
Voz gutural, saindo do peito.
Olheira na cara, falta de foco.
São meus sintomas indiscretos mostrando interferência no meu canal, digo logo, antes que falem que é doença. Essa mania de justificar todo sentimento, toda ação... parei com isso.
Meus momentos de encontro comigo mesma estão longe de ser estes que tento me justificar, por isso mesmo eu não deposito todos os meus créditos nessas pequenas palavras demonstrativas de mim.
Só que as vezes as palavras cansam de dormir e decidem sair pra ver o mundo... As minhas saem fantasiadas de letras.
Letras cafonas que permanecem nas vitrines por poucas semanas.

terça-feira, abril 10, 2012

Pedras no meu caminho.

Existem pedras que são preciosas, mas somente pra você...
Os outros não ligam e não veem preciosidade alguma, é natural...
- Pessoas são como pedras -
Estas pedras bem que gostariam de ser preciosas...
Mas tem gente por aí adorando ser só pedra.

sábado, março 24, 2012

.psicografando.

Essses passos, vagos, mal traçados, são os meus passos, cansados, desviando buracos e matos e retalhos jogados em mim.Essas curvas turvas em luvas malucas que gastei tentando arrumar seu castelo na chuva teimando em desmoronar, são as mesmas curvas inclusas em suas melhores ações mudas que hesito em lembrar. O nosso silêncio eu invento e pretendo em acertos, errar. O meu silêncio eu entendo, por vezes lamento mas opito calar.

domingo, março 04, 2012

"Ah Brasília,
que se não fosse teu céu, eu ia embora.

Sorte a sua...

Sorte a minha..."

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Nós, ditos racionais, somos toscos.

terça-feira, janeiro 24, 2012

... sem mais.

"Se a senhora me visse, cara amiga, no torvelinho das distrações! Meus sentidos estão áridos e secos. Não há um momento em que meu coração sinta alguma plenitude, não há uma única hora feliz. Nada! Nada! É como se estivesse diante de uma caixa de surpresas, com homenzinhos e cavalinhos se movimentando a minha frente, e muitas vezes pergunto a mim mesmo se tudo isso não é ilusão de óptica. Entro no jogo, ou melhor, deixo que me manipulem como uma marionete, as vezes toco na mão de madeira do meu vizinho, e recuo assustado. À noite tomo a decisão de assistir ao nascer do sol, mas não consigo deixar o leito a tempo; durante o dia, proponho-me a sentir a alegria de contemplar o luar, mas afinal, permaneço no meu quarto. Não sei bem por que me levanto de manhã e por que vou deitar à noite. Falta-me o fermento que agitava, movia a minha vida; desapareceu o encantamento que me mantinha desperto a altas horas da noite, que de manhã me despertava o sono."

Trecho do livro do Jovem Werther.