quinta-feira, março 20, 2014

À Razão.

Hoje bateu saudades. E nem faz tanto tempo, mas eu andei tão bem que parecia ser este o meu estado. Mas hoje eu senti saudade de tudo que não fizemos, saudade de todas as promessas não cumpridas, saudade de todos os planos distantes e saudade de nós. Não é uma necessidade de retorno, mas uma certeza de que agora eu tenho a força que não tivemos antes e por isso, findou. Hoje sei das minhas ideias, minhas vontades, meus quereres. Vivi dias intensos, os quais respirei um ar que a muito tempo não ventava por aqui e que agora venta e faz das coisas, coisas mais frescas. Não estou pior, estou melhor. Apenas queria estar melhor e junto. O separar e estar longe não significa para mim o mesmo que para tantos outros. Eu não aguardo o eterno nem o que não vem. E não virá. A distância pode ser sua melhor aliada ou sua pior inimiga, e confesso que agora, certamente, só me faz ter medo do que vejo chegar: A saudade; E sabemos que a saudade é a lembrança do que não virá. Porque se fosse vir, seria tormento, ansiedade, angustia ou qualquer outro sentimento que brota quando temos certeza de um bom final. Mas a saudade é apenas o Pós Fim de alguma coisa. E antes dessa 'saudade' chegar, queria registrar, mesmo que longe dos teus olhos, que eu não queria. Não queria esquecer, não queria deixar pra la, não queria desistir nem me cansar. Só que acontece que a vida da voltas e o que acontece aqui agora parece tão batido para mim, que vejo tudo acontecer e passar, e passar, e passar. Mas seria muito ego meu achar que eu poderia enganar a vida. Enganar os ciclos. Então, chego ao fim do meu texto nada poético que é apenas meu desabafo. Eu deixo ir, e ir, e ir, e choro de felicidade de te ver crescer, mesmo que pra longe desse bosque inteiro que eu tentei construir para você.