domingo, julho 25, 2010

Em defesa de quem não se cansa de procurar.

[...] mas as vezes, não por egoísmo, parece que todos a minha volta esqueceram de princípios básicos e acham muito mais bonito contar nas mãos todos os seus casos do que ter somente um para contar histórias. E é aí que fico me achando meio antiquada e brega com todo esse assunto de amor. Não que eu desconte tudo isso na bebida, mas acho válido tomar um porre pra tentar me igualar. Porque quando bebo fico impulsiva e faço as coisas pelo momento. Porque quando o álcool está no comando, falo o que vem a mente e mando na lata sem pensar duas vezes e o que acontecer a mais, é lucro. E é exatamente assim que a maioria das pessoas pensam e agem hoje. O único problema pra mim é que, para fazer igual, tenho que estar nada sóbria. Mas sabe o que tanto me intriga? É o modo com o qual relacionam Envolvimento com Falta de Compromisso. Pra mim já cansou esse papo todo de ligar só para o momento ou me divertir com os errados enquanto não acho os certos. Já passei pro estágio de cansar dos errados e só mesmo procurar os certos - ou quase isso. E me enche o coração quando vejo pessoas se envolvendo e se entregando e se apaixonando... porque hoje em dia isso é fora de moda e as pessoas teimam em seguir o padrão, seguir o fluxo, o comum. Acho que nunca fui muito ligada a moda exatamente por ela ter seu lado positivo à altura do negativo. E essas coisas que são boas mas são ruins também nunca me encheram os olhos. Afinal, não é justamente por tanto procurar só o lado bom que me pego escrevendo estas coisas... (?)

quarta-feira, julho 21, 2010

Exposição de causas para minhas escrituras.

Sou música, não sou poesia.
Componho. Não faço prosa.
Então não me exija boas citações e grandes filosofias de vida.
Vivo por rimas e melodias mas o que vem à tona por enquanto são textos e poemas e prosas e poesias.
Brinco de cantar por aí, mas sempre me levam a sério. Acho que agora decidi brincar de escrever.
Escrevo porque não falo.
Escrevo porque é mais fácil e não falo porque sempre me engasgo em um nó que conservo bem atado em minha garganta.
E escrevo tudo. Conto que sou mais frágil do que imaginam e menos forte do que demonstro. Conto o quão romântica posso ser e como me faz falta ter um alguém agora.
Desabafo, me jogo.
Assumo meus defeitos e qualidades para quem quiser ler.
Mas é só isso.
Somente leitura.
Porque quando a gente lê, resta dúvida se é poético ou real, mas quando a gente fala, fica a certeza.
E vou levando... vivendo em bocas macias e tragos casuais e vodkas puras,

Duas vodkas,
Uns tragos e
Algumas bocas.

terça-feira, julho 20, 2010

Gesto intimidativo. (Ameaça)

Ameaça pro rato é o gato.
E pro gato é o cão.

Ameaça pro frio é o sol.
Pro sol, as nuvens.
E eu ainda poderia citar duzentas
coisas que são ameaças para outras,
mas o que realmente me intriga é o fato de 
o ser humano ser uma ameça pra ele mesmo.

domingo, julho 11, 2010

Domingo.

E então é domingo outra vez.
Domingo como todos os outros.
Domingo, pé de cachimbo, parado, cansado, com ressaca de ontem, e o dia que mais percebo o cantar dos pássaros lá fora.
Dia normal, mas que tinha tudo pra ser diferente, sendo como dentro da minha mente, crente que seria verdade.
Mas quem és tu realmente? Existe de fato ou eu mesma te inventei?
Creio que peguei teu molde, teus traços, olhares e outras coisas que ainda me recordo e te fabriquei outra vez. Coloquei frases em sua boca, inventei os seus pensamentos e te fiz me querer. Estava perfeita vista de qualquer ângulo, desde que, vista por mim.
Mas te fabriquei e acreditei que tu andavas por aí, perdida, a me procurar, entretanto perdida estava eu, estatelada de paixão em excesso, me esquecendo que a fabricação era somente para minha imaginação e nada mais. E embora eu pudesse, sem esforço, sentir teu cheiro, imaginar tua voz, te enxergar[ainda que mentalmente], eu não poderia tocá-la, ou pior, eu não poderia te ter para sempre, porque 'o pra sempre, sempre acaba'. Mesmo se tratando de uma imaginação fértil ou de um desejo tão forte, que me supera a sanidade.

quinta-feira, julho 08, 2010

Do desejo.

Tenho muito a escrever.
As palavras já se embaraçam em minha cabeça.
São sentimentos muito fortes,
palavras muito complexas,
textos muito grandes,
pra não existir dedicatória.
Então...
eu me recuso!

sábado, julho 03, 2010

Re-re-recaída.

Recaída: Voltar a um estado anterior, tornar a adoecer, cair de novo.
(neste caso, repete-se várias vezes o 'Re').


Essa idéia do ter novamente me atrai.
Estaria indo contra todos os meus princípios e contra todas as vezes que jurei ter te jogado fora. Mas não joguei, apenas varri para baixo do tapete.
Essa idéia de ser com você o meu 'daqui pra frente' é simplesmente um grande sonho oculto. Oculto dos outros e de mim também.
As vezes penso e vejo que não temos nada em comum. Nada que seja relevante. Mas só por pensar assim, algo dentro da minha mente te defende e te coloca a frente. E então, como as coisas coincidem para nós. Quantas semelhanças...
Você, quando presente, era sonhar alto, tirar os pés do chão. Isso nunca foi meu objetivo.
Você, quando ausente, era me afundar no chão, ter mais do que os pés. Ter o corpo inteiro plano, reto, imóvel ao chão.
Agora, nem ausente nem presente. Na melhor das hipóteses, você é futuro. Futuro com um pé enconstado no chão e outro no alto. Não muito alto.
Se for pra ser, que seja bem real.
E se não for pra ser bem real... que seja mesmo assim.