terça-feira, junho 29, 2010

Intimação.

Intimação: Substantivo feminino. Citação, notificação. Ordem de juíz ou autoridade competente.
(nem juíza, nem autoridade, nem competente. Mas intimei e ponto.)


"Queria viver um amor real. Não precisava ser eterno, nem mesmo de décadas. Precisava apenas ser amor. E que fosse sentido pela parte de lá e pela parte de cá. Somente isso. Não precisava ser a primeira vista, tampouco ter uma musica romântica de fundo. Não seria necessária luz lunar nem fogueira. Nada de contos de fada nem músicas melodramáticas. Todos sabem que essas coisas não passam de contos ou músicas. O que eu queria era algo real e intenso. Nada como nos filmes. Poderia ser como inventei em imaginações próprias, algumas situações apaixonantes e nada difícil de tornar real. Se fosse pra ser conto de fadas, então você contaria parte por parte. Se fosse pra ser música, que fosse minha. Se fosse pra ser filme, seria um longa metragem, baseado em fatos reais. Somente.
Como eu queria viver um amor.
Queria, do verbo ‘não estou vivendo’."

domingo, junho 27, 2010

Carece.

Carecer: Adjetivo. Com falta de; carente; que necessita.
 Pobrezinha de mim. (nao anna, essa não cola).


Trabalhar podia ser assim pra sempre. Até me cansa, mas me dá um prazer tão grande estar la... =)
Festival de Inverno. Capital, Skank, Pato Fu, Jorge Ben... Foi muito bom. Loucura, loucura, loucura.
Cada show que vou, mais ância de estar num palco eu tenho. (detalhe) .
Estou meio estranha esses dias. Estou numa carência sem cabimento.
Cansada dessa coisa corriqueira, habitual, de só curtir o momento. Quero poder contar histórias bonitinhas de dias, meses, anos atrás. Ter ocupação mental antes de dormir e um bom motivo para acordar bem. Alguém pra falar coisinhas bregas por msn e ao vivo tambem. E passar dez, vinte minutos em um só beijo.  
Ô FALTA DE CANDIDATOS!!!
Voltando pro assunto dos fatos da minha vida, as coisas estão mais frouxas em casa. Só não posso alargar demais e voltar a vagabundagem de antes.
Fiz uma música faz poucos dias. Já estava pensando que não ia conseguir mais fazer nada com tanta falta de criatividade. Definitivamente, preciso de emoção na vida pra sair alguma coisa pro papel.

quinta-feira, junho 24, 2010

Sonolência.

"Acordei, mas ainda estava de olhos fechados. Te senti levantar da cama de casal, que era coberta do seu cheiro. Levantou suave. Foi ao banheiro, logo em frente, e deixou a porta entreaberta. Eu, de bruços, me virei para te observar melhor. Lavou o rosto, se olhou no espelho, pegou uma toalha e me flagrou te olhar. Pelo espelho, me chamou para tomar banho. Sem dizer uma palavra. Forma secreta de me acender que você criou. Água fria que dançava em você e que, ainda que somente água, se aproveitava do teu corpo. E você me ignorava, como se eu não estivesse ali, tomando seu banho provocante. Eu, boba com a água que estava muito fria pela manhã, mas que não conseguia me manter muito afastada. Minha boca queria o desenho do seu corpo. E deixei-a explorar cada linha, cada traço.
Sexo? Era só isso? Tudo aquilo tinha outro nome e não ouso arriscar alguma palavra a altura. Ainda estava escuro e a luz apagada deixava permanecer o breu. Os olhos de nada serviam. Era apenas tato. Paladar. Senti meu corpo ser transportado para outro sistema, que me deixou em alfa. E não havia nada de muito especial, era somente o fato de ser você. Amor, excitação, tudo era uma coisa só. Mas algo bruscamente deixou minha visão turva, e mais turva... Abro meus olhos e sinto raiva. Choro. Choro por não ter uma cama de casal nem mesmo um banheiro logo em frente."


Antigo. Adaptado.

quarta-feira, junho 23, 2010

Exteriorizando.

"Acho engraçado esse papo de amor.
Vivi anos, quando mais nova, recebendo prevenções do tal ‘primeiro amor’.
Eu particularmente tive vários ‘primeiros amores’.
Quando me livrei da dor que o primeiro me causou, achei que estaria livre. Então veio mais um e mais outro. Até que adquiri a tal experiência. 
[Chamam de experiência o ato de fazer sofrer ao invés de ser o sofredor.]  Não gostei.
Acho que chorar a madrugada toda é muito melhor do que dormir sabendo que alguém não dorme por você. Fazer juras e loucuras de amor é muito mais interessante do que recebê-las.
Creio que deve ser falta. Falta de ter alguém que mereça minhas lágrimas e minhas loucuras. Louca vontade de amar sem ter nem mesmo alguém como base. É pura vontade, desejo de me sentir desejada. Ou talvez de apenas desejar."

segunda-feira, junho 21, 2010

O poder da letra 'i'.

"Louca de pedra, maluca de doer, lelé da cuca, se achando correta invade meu corpo e infelicita minha vida.
Me desconhece, não compreende, fecha a cabeça e se põe inaudível, pensando ser esta a melhor forma.
Se torna intocável e inatingível. Ignora os fatos, nem se esforça. Fica inabalável.
Seu coração é inabitável, pobre solitário que já está inveterado a não ter ninguém.
Me prende estranho, me deixando livre. Já sabe, não fujo. E me torna ínfima.
E choro inapetente por existir você. Inautêntica em segredo. Me enganou.
Agora vá embora ou permaneça nestas ruas. Nada muda. Não te procuro mais.
Deixe inacabado. O fim é supérfluo agora. E tudo isto foi irrecuperável, irredimível.
Foi-se o tempo que estive abstinente de você. Hoje, você é só mais uma droga.
Está sepultado todo calor inútil que suei. Todo pequeno frio em que tremi.
Inteiramente inapreciável. Repugnante.
Tola. Como pude crer tanto no irreal?"

Brincando com as palavras. Brincando com a verdade.