quinta-feira, abril 21, 2011

Mas quem é ela?


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Queira licença para um desabafo:
Eu estou de luto porque minha sociedade me criou assim, e eu lamento a perda de uma criança.
Mas desejo luz a mesma e que ela encontre no céu o que ela se cansaria de procurar aqui.
[Luto ao Noah, 12 dias de vida, que já partiu e deixou rápido seu recado.
Afilhado, sobrinho, amor que nao deixará de ser.]

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Uma partida de Futebol.
          Outra vez ela vê passar aos olhos algumas coisas da vida. Outra vez ela é pega de surpresa com uma notícia e se machuca. Mais uma vez ela pensa que vai aguentar e não controla. E então ela chora. Abraça o amigo e chora.
É tanta falta de apego, tanta falta de carinho, tanto desperdício de amor, que hoje em dia só vive nesse mundo quem tem falha no aprendizado depois de algumas vidas. Só vem pra esse mundo quem realmente precisa. Não é mais uma forma de presentear, mas sim de castigar.
          Ela sente asco, nojo, quando pensa nisso. Ela quer mudar e se fazer entender. Ela realmente chora a dor das pessoas e realmente tem uma paz muito grande a oferecer pra quem quiser ganhar. Mas quem é ela?
É tanta gente no mundo... É como se fosse uma partida de futebol entre o lado do bem e o do mal, só que todos ficam na arquibancada do mal, mas torcendo para o bem. Todos preferem a arquibancada do mal porque é mais fácil, sem organização... mas quando o mal faz gol, a torcida se revolta e quer justiça, porque são do bem. Sinceramente, quero ver quando terminar o jogo e o mal estiver na frente, com goleada, quem vai poder dizer que torceu pro time do coração, se vestiu outra camisa o jogo inteiro.
          De que adianta dizer quem é ela? Que traz tanta paz? Bom... ela está ali no meio da arquibancada, rouca de gritar, cansada de torcer, mas torcendo com alguns outros que ainda vestem a camisa do time do coração.
A população ou pelo menos a minha sociedade cansou de tentar ser. Cansou de tentar fazer. Cansou de tudo que exija esforço e fé. Só mesmo o que importa hoje, são os aproximadamente 85 anos que cada um vai viver, nada importa antes ou depois disso.
Por isso hoje, quando perdemos alguém neste mundo, devemos entender que talvez a pessoa fosse tão boa, mas tão boa, que não merecia mais passar por isso aqui.

domingo, abril 17, 2011

Em tempos de melancolia, textos se tornam cartas.

Deve ser isso mesmo.
Estou predestinada a sofrer por um tempo da minha vida.
Talvez porque seja forma de aprendizado.
Talvez porque já fiz sofrer em demasia.
Talvez porque seja assim e ponto.
Ando tão tranquila, pacífica, que não me dói mais.
Tá certo, assumo que fere, mas não dói como antes.
Eu não quero mais nadar contra maré nenhuma.
E eu até luto, mas luto pelo que for necessário.
Vou lutar quando doer na espinha ver partir, ver acabar,
quando faltar o ar, quando doer novamente.
Mas ultimamente não dói mais. Eu apenas deixo fluir.
O que é meu, está guardado. Tem que estar!
Do contrário, posso prever minha permanente solidão por uns tempos.

terça-feira, abril 12, 2011

Texto pra quem o merece.

Eu que nunca acreditei em amor a primeira vista, amei.
Eu que nunca acreditei no destino, não via outra saída.
Eu que nunca acreditei em mim, levei realmente fé.
Aí vocês, sem a menor pena,
sem nem sequer me perguntarem das minhas intenções,
vão em ordem,
dando suas respectivas cortadas no que eu tentava iniciar ali.
E eu tenho dito: era real e sincero.
Me doei, não sei como, mas me doei pra vocês.
E quando uma rejeitou, vi aquela outra, que esteve sempre lá.
Mas não fazia diferença. Até quem sempre quis, não queria mais.
Enquanto fui lixo, me reciclavam.
Quando tive valor, não queriam mais.
Ok pessoal. Estou indo embora.
A doce moça está de partida.
A sincera garota se prepara pro adeus.
Em breve volto outra. 
Voltarei Sem Pudor.
Volto, embora triste, a ser como antes.
E quando me perguntarem o porque de tanto desapego,
terei a resposta na ponta da língua:
Por desperdício de mim.

sábado, abril 02, 2011

Vambora?

Vambora comigo?


Vambora mulher,
que eu te levo lá pra longe da cidade e te escondo de todo mundo.
Te mostro só pra mim, tomo posse e coloco música pra tocar bem baixinho, sem esconder o cantar dos pássaros lá fora, dando melodia ao amanhecer.
E só eu e você.
Absolutamente o que é necessário,
até porque eu, ah... em que me torno ao teu lado?
Me liberto, fico totalmente estagnada de paixão, como criança que não vê maldade...
Como a gente que não tem maldade.


É apenas isso. Querer e pensar.
E quando pensar em esquecer de vez, já lembrar de novo e voltar ao princípio de querer.

Linda! Exatamente como idealizei por aí.
Que além de existir, tem mais... me faz ser, me quer bem.


Embora melancólico, não largo.
É puro e é tanto que não seria fino da minha parte desistir.


Mas então mulher, vambora?
Vambora de vez comigo?